sexta-feira, 24 de abril de 2009

a partir do ônibus

Hoje comecei efetivamente minhas saídas pela cidade em busca de algo que ainda não sei o que é. Estabelecer um contato com o espaço de trabalho desse tfg e dedicar olhares “despreconceituosos” ao meu redor. Como dito, não sei se aqui, mas dito, pensado e riscado, o idéia é trocar com o espaço a partir de todos os meios possíveis de locomoção (pé, moto, bici, carro e ônibus). Viver esse miolo, até o fim da linha, de onde alguém parte rumo ao pulsante e atraente centro, e vai entrando, entrando... Percorrer esses caminhos e ver o que apreendo, ver o que essa composição urbana me indica, me toca, sugere, desenha...
Tomo o primeiro ônibus que sai do terminal central, e parece que é sentido “Jardim das Palmeiras”, setor oeste. Aos poucos a máquina vai saindo do turbulento centro e adentrando o silêncio gradativo. A viagem parece vencer anéis a cada instante, onde em cada um cabem certos aspectos, dentro de uma continuidade na presença de duas escalas opostas e descompassadas... É correspondida no físico desses lugares, ou desse lugar que se transforma até atingir esse vídeo que anexo abaixo, como ponto final dessa linha.







Curiosidades
- uma mulher portadora de necessidade especial (super bem humorada) fica no meio do caminho sobre o elevador do ônibus. Trocamos de ônibus.



Retorno ao terminal central e embarco em outro. Destino: Morumbi
A contínua transformação é ritmada com os extensos vazios urbanos (onde o cerrado participa). O chão perde o asfalto e lá no interior dessa densidade no setor leste, o cotidiano é animado entre uma compra e outra. Um extenso conjunto que cria um ambiente forte e carente.


Imagem do ponto final desta linha.



Curiosidades
- outra senhora, com seu filho, diz só sair amarrada do ônibus, caso o cobrador não compreenda que ela está sem dinheiro e sua carteirinha não está pronta e precisa levar o filho para o tratamento na uai de outro bairro.

Outra vez no terminal, e desta vez está partindo o ônibus para o Bairro Tocantins, no setor oeste. Lá vamos nós. Gente voltando para a casa em um canal centro x periferia. A história se repete. O silêncio é quebrado por conversas e gente na rua. A sinuosidade instiga e agrada. A rua chega na plantação. Na volta, um objeto me chama a atenção e não consigo registrar. Preciso retornar logo.
Imagens desse lugar.

a rua sinuosa



Curiosidades
Na volta para casa, uma tarde após a primeira partida, o ônibus quebrou. Trocamos de ônibus.

Um comentário:

  1. ariel... isso já é a monografia... quem sabe n ir junto com os textos um cd com o seu blog... ou apenas o endereço, pros membros da banca lerem isso aqui tudo...

    acho que é fundamental isso aqui estar, de algum modo, disponível para quem for ler o seu trabalho. e acho que o jeito mais pobre é coloca-lo, simplesmente, no corpo do texto...

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