terça-feira, 5 de maio de 2009

sobre duas rodas, com motor

é a vez da moto. e mais outra cidade. denovo. outra troca.
amigo gláucio e eu muito mais valentes.

percurso: centro - ufu santa mônica --> são jorge_setor sul





percurso: jardim célia _ setor oeste



percurso: loteamentos fechados _ palmeiras_setor oeste



percurso: bairro planalto --> dona zulmira - rio uberabinha - investigação objetos atraentes_setor oeste



antigo matadouro_foto: gláucio

















antigo matadouro_foto: gláucio















e depois da andança:

Glaucio diz:
qdo chego aqui em casa fico meio tonto todo dia
aí tenho q esperar um pouco antes de fazer as coisas
Ariel Luis diz:
tonto pq?
o transito?:
Glaucio diz:
sei lá...
é mto estranho vc andar de moto
qdo eu ando a pé eu ando "namorando" o espaço
qdo ando de moto, é como se vc quisesse vencê-lo, dominá-lo
só q qdo vc "vence" um metro, vem outro metro, outro, outro
e qto mais vc vence, mais quer vencer mais rápido o próximo
Ariel Luis diz:
então.. me senti assim hj, meio que um "poderoso"
achei que fosse só eu..
mas achei o máximo a gente chegando "em quase" todo lugar
Glaucio diz:
kkkkkkkkkkkk
então...se vc tiver dirigindo vc vai ver o quanto essa sensação é forte. Não sinto como uma sensação boa
mas é uma sensação obrigatória
meio que de sobrevivência
Ariel Luis diz:
é forte mesmo
uma arma e tanto
Glaucio diz:
mas sabe...não dá pra andar devagar
senão a cidade te fagocita
tipo...já tentou andar de bike no centro?
vc é cuspido ou engolido
Ariel Luis diz:
rsrsrsr
é isso. nunca pensei em atingir algo muito além sobre uma bicicleta
Glaucio diz:
aí vc tem q lutar contra isso
Ariel Luis diz:
quero tentar
Glaucio diz:
não recomendo
vai com cuidado
os carros e motos vão te detonar

3 comentários:

  1. Minha perspectiva motociclística: Vendo os seus vídeos uma coisa me assusta muito: o quanto é diferente a visão que se faz das "vias" enquanto você dirige, em relação à visão de expectador. É bem notório o quanto as coisas parecem mais rápidas na sua gravação do que na minha memória. Os semáforos pareciam demorar bem mais. Os percursos me pareciam bem mais longos, porém bem menos detalhados. O "simples" expectador parece estar bem mais próximo do mundo ao redor do que na visão de quem dirige. No mundo do capacete não se percebem rostos. É um jogo de xadrez onde os participantes devem prever as manobras dos seus "adversários". Ganha quem previr mais jogadas mais rapidamente. Não há muita margem de erro. Vendo os vídeos percebi que essa previsão é muito mais rigorosa do que me parece de fato.
    Talvez aí esteja a agressividade do trânsito: o cérebro deixa sua parte gregária e mamífera em "stand by" e passa a pulsar somente sua parte de cálculos de réptil, de necessidades imediatas, de sobrevivência desleal. E nessa conjectura, o espaço só existe enquanto há o rival. Vencendo-o, o espaço desaparece.

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  2. hey ari. o glaucio eh ótimo. só passando por aqui pra dizer q com tempo verei todos os videos e deixarei meu parecer.
    torçopra vc n ser "comido" pelo transito do centro da cidade, afinal, qm deve degustar a cidade somos nós, seja qual for o sabor q se sinta.

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  3. Oi, Ariel!

    Desejo boa sorte com o projeto e principalmente com a bike, se é que vc vai mesmo se arriscar.

    A sensação do Gláucio é muito presente. O único dia em que andei de bike aqui em São Paulo sem tensão foi no minhocão (de domingo não passa carro). Aí dá até pra "namorar" o espaço. É fantástico.

    Bjos,
    Juli =)

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